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Seminário da UC Lugares e Gestos da Literatura Infantil e Juvenil

08.02.2020 (14h30)

Querer e saber fazer: do conceito à criação de uma mensagem

“A ilustração é a tradução de qualquer coisa numa outra linguagem”, durante a qual ocorrem sempre novas interpretações do texto literário. São essas interpretações que “[…] acrescentam algo mais, complementam uma história ou ideia e tornam a comunicação mais rica.” (João Fazenda, 2018, in Revista Ípsilon)

Similarmente, o design gráfico cria conceitos visuais com o objetivo de comunicar ideias que inspirem, informem e cativem uma audiência. Recorrendo a 4 grupos distintos de elementos, os concetuais (ponto, linha, superfície e volume), os visuais (forma, tamanho, cor e textura), os relacionais (direção, posição, espaço e peso) e os práticos (representação, significado e função), o design gráfico consiste na criação de composições visuais harmoniosas, constituídas geralmente por imagem e palavra (no caso da divulgação de um evento, em particular), cuja função será resolver um problema ou atingir determinado objetivo.

Neste seminário pretende-se explorar a expressão estética da imagem associada à palavra, recorrendo a técnicas de colagem, fotografia e edição digital. O objetivo será que o formando adquira algumas competências que, recorrendo a ferramentas básicas, lhe permita criar composições visuais de divulgação de eventos de LIJ para os meios onde atua.

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PATRICIA VIEIRA

Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC)

pvieira@estg.ipvc.pt

Doutorada em Design pela Universidade do Porto (Faculdade de Belas Artes, 2018), mestre em Artes Digitais pela Universidade Católica Portuguesa (Escola de Artes, 2001) e licenciada em Design de Equipamento pela Escola Superior de Artes e Design (ESAD Matosinhos, 1995).

É desde 1998 docente em diversos cursos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, onde lecciona nas áreas de design de comunicação, multimédia, produto e produção audiovisual. Paralelamente tem desenvolvido projectos de design de comunicação institucional.

Foi premiada nacional e internacionalmente em concursos de design de produto e multimédia (7º Lugar nos EUA, em 1999; 3º Prémio em Portugal, em 1996; e uma Menção Honrosa no Japão, em 1995; projectos realizados em co-autoria) assim como teve projectos de concursos de design, realizados individualmente ou em co-autoria, expostos em diversos locais (1999 em Londres, no 100% Design Show; 1997 no Porto, na Fundação da Juventude e na Concreta (stand da Revigrés); 1997 em Hannover, no Üstra Building; 1996 em Sapporo, no Sapporo City Document Museum; 1996 em Matosinhos, na Export Home; e em1995, na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa).

Seminários

08.02.2020 (09h00)

O papel da ilustração na Literatura para a Infância - caminhos entre a palavra e a ilustração

Este seminário tem como destinatário preferencial adultos que contactam diariamente com crianças e que no desenvolver das suas atividades diárias necessitem de competências de leitura e interpretação de imagens, ou, simplesmente, todos os adultos que gostam de livros ilustrados.
Questões de história, planos e pontos de vista, ritmo, tempo, semântica da cor, tom da estória, etc, serão alguns dos conceitos a abordar com vista a sublinhar o papel da ilustração de LIJ e, no processo, compreender a palavra enquanto ponto de partida.
Globalmente, deseja-se que adquiram ferramentas e conhecimentos que os auxiliem a desenvolver competências de leitura de ilustrações, em particular, e do livro de LIJ, em geral, enquanto objeto multimodal. Estas competências de leitura poderão, posteriormente, ser partilhadas com os leitores preferenciais destes livros, quer sejam crianças amigas/familiares ou crianças que têm a cargo ao nível profissional.

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GABRIELA SOTTO MAYOR

Centro de investigação em Estudos da Criança (CIEC-UM)

Centro de Estudos Humanísticos (CEH-UM)

gabrielasottomayor@gmail.com

07.01.2020

As bibliotecas escolares enquanto lugares de encontro com os livros

As bibliotecas escolares ocupam a nível internacional e nacionalmente um lugar de destaque nas escolas, na medida em que são centros de aprendizagem, onde o acesso à informação e a construção do conhecimento acontecem diariamente através dos livros (em formato impresso ou digital) e de outros recursos educativos.

A promoção da leitura – de textos literários, científicos, informativos, entre outros – é uma área prioritária de intervenção da biblioteca escolar, inscrita nos principais referenciais que orientam a sua ação estratégica (Diretrizes da IFLA para a biblioteca escolar, Programa Rede de Bibliotecas Escolares: Quadro Estratégico 2014-2020, Modelo de Avaliação da Biblioteca Escolar).

Neste Seminário serão analisadas atividades de animação da leitura para crianças e jovens, partindo das sugestões de Christian Poslaniec, e sugeridas novas formas de aproximar o leitor do livro. Através de uma metodologia ativa que inclui a estratégia de aprendizagem Jigsaw, os pós-graduandos são convidados a refletir, a debater e a criar atividades de animação da leitura: de informação, lúdicas, responsabilizadoras e de aprofundamento.

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MARIA RAQUEL MEDEIROS OLIVEIRA RAMOS

É mestre em Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares (2011), pela Universidade Aberta; pós-graduada em Valorização Técnica Orientada para a Administração Escolar (2008), pela Universidade Católica Portuguesa e licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, vertente Inglês e Alemão (1992), pela UTAD.

Trabalha como professora de Inglês e Alemão do 3º ciclo e Ensino Secundário desde 1992 na Escola Básica e Secundária de Vila Nova de Cerveira e desempenha funções de Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares no distrito de Viana do Castelo e concelho de Esposende, desde 2007.

É formadora na área da leitura e das bibliotecas escolares e, nessa qualidade, colabora com a Universidade Aberta no programa de Aprendizagem ao Longo da Vida.

Escreve para crianças e jovens desde 2014, tendo publicado até ao momento sete livros.

Casada e mãe de três filhas.

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GABRIELA SOTTO MAYOR

Centro de investigação em Estudos da Criança (CIEC-UM)

Centro de Estudos Humanísticos (CEH-UM)

gabrielasottomayor@gmail.com

Ilustradora portuguesa de literatura infantojuvenil, contando com mais de duas dúzias de publicações. Colaborou com autores como João Pedro Mésseder, José Jorge Letria, João Manuel Ribeiro, Patrícia Reis, Álvaro Magalhães, Caetano Veloso, entre outros. Destas parcerias destacam-se os livros: Os animais que tive (João Manuel Ribeiro, Porto Editora, 2018) e A avó come muito queijo, é o que é! (Manuela Leite, Trinta por uma linha, 2011) - primeiro livro que também escreveu.

Doutorou-se em Estudos da Criança na especialidade de Comunicação Visual e Expressão Plástica (Instituto da Educação, Universidade do Minho, Portugal, 2015), tendo-se dedicado ao estudo da Ilustração de livros de Literatura Infantojuvenil (LIJ) portuguesa na primeira década do século XXI. Mestre em Práticas e Teorias do Desenho (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Portugal, 2008). É membro colaborador doutorado do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) do Instituto da Educação e do Centro de Estudos Humanísticos (CEH) do Instituto de Letras e Ciências Humanas, ambos da Universidade do Minho. Autora de vários artigos - que foram apresentados em conferências internacionais e/ou publicados em revistas científicas - e capítulos de livro, destaca-se a publicação recente: «Ilustração de livros de LIJ em Portugal na primeira década do século XXI: caracterização, tipificação e tendências» (Tropelias & Companhia, 2016). Os seus atuais interesses de investigação são, por um lado, os livros-álbum, com e sem palavras, a resposta leitora a este tipo de publicação e a literacia visual; por outro, as representações visuais e/ou sociais da pessoa mais velha espelhada nas ilustrações dos livros de LIJ, assim como a resposta leitora a este tipo de retrato.

08.01.2020

Os idosos que habitam a imaginação das crianças
vs os idosos que os ilustradores de LIJ representam

De certa forma, o envelhecer dos outros terá sempre algum impacto no crescimento da criança e no seu desenvolvimento socio emocional. Viver a realidade dentro da realidade, consciente das suas vicissitudes, moldará a criança, futuro adulto, num ser humano bem formado, compreensivo e empático.
Num primeiro momento, a partir da análise de uma seleção de livros ilustrados de literatura infantojuvenil, pretendemos conhecer de que forma a pessoa mais velha é representada nas ilustrações da produção literária de potencial receção infantil. Posteriormente, a partir da auscultação de um grupo de crianças de 4/5 anos que frequentam o Ensino Pré-Escolar - potenciais leitores dos livros analisados - pretendemos saber qual é a sua ideia de «pessoa mais velha» e se o seu conceito de idoso coincide, ou não, com os resultados obtidos no primeiro momento.
A perceção de um envelhecimento saudável é necessária para o relacionamento equilibrado e recíproco entre gerações e os livros de LIJ têm um papel relevante enquanto ferramenta socializadora, recurso educativo e instrumento de intervenção intergeracional. Assim, é importante frisar que a forma como os ilustradores configuram a pessoa mais velha irá impactar o leitor de algum modo e desde tenra idade. Porque aquilo que lemos pode, efetivamente, influenciar, moldar e até transformar o nosso modo de ser.

17.12.2019

Representações literárias do Natal na literatura de potencial receção leitora infantil

Data de elevada importância na tradição cristã, seja em termos religiosos, culturais ou simbólicos, o Natal é, na literatura de potencial receção leitora infantil, uma oportunidade para iniciar uma reflexão profunda sobre dos valores predominantes na sociedade, enfatizando a importância da partilha, da amizade, da atenção ao Outro.

As personagens mais carismáticas são o Menino Jesus, da rica tradição bíblica, e o Pai Natal que, muitas vezes, ligado a uma sociedade de consumo, é apresentado como uma personagem desmistificada, com necessidades humanas e próximo das experiências das comunidades interpretativas. Por vezes, essas duas personagens carismáticas coexistem numa relação cultural e simbólica ambígua.

O Natal é frequentemente entendido como uma relevante e significativa experiência emocional e de rememoração, muitas vezes ligada a experiências sensoriais do sujeito da escrita, que lhe permitem olhar o presente de outro modo, mais eufórico e positivo.

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FERNANDO JOSÉ FRAGA DE AZEVEDO

Concluiu o Título de Agregado em 2012 pela Universidade do Minho, Doutoramento em Ciências da Literatura, Especialidade Literatura Portuguesa em 2001 pela Universidade do Minho, Mestrado em Ensino da Língua e da Literatura Portuguesas em 1994 pela Universidade do Minho e Licenciatura em Ensino de Português-Francês em 1989 pela Universidade do Minho. É Professor Associado na Universidade do Minho, Diretor do Programa de Doutoramento em Estudos da Criança na Universidade do Minho - Instituto de Educação e Diretor do Mestrado em Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2º Ciclo do Ensino Básico na Universidade do Minho - Instituto de Educação (…).

Mais informação em  https://www.cienciavitae.pt/portal/E11F-8FE6-C98F

14.12.2019

Os labirintos do texto: da Literatura às Literacias

Literatura para a Infância e Juventude e Ecoliteracia

(João Manuel Ribeiro)

​Quando falamos de ecoliteracia, ou literacia ecológica, referimo-nos ao conjunto competências e conhecimentos que alguém «manipula» de forma a relacionar-se, em termos de mentalidades, de valores e de comportamentos, de forma harmoniosa ou sustentável com o mundo, na vertente ecológica e/ou ambiental. Sendo um conceito dinâmico que envolve a totalidade da pessoa, não é alheia à infância, preparando-a e desafiando-a para o paradigma duma nova relação ecológica.

A relação entre LIJ e ecoliteracia começou, em Portugal, nos anos 60, sobretudo pela escrita dos neorrealistas como Alves Redol  e Papiniano Carlos, autores que, sem dispensar a poeticidade da vida, mas com aguda consciência social e política, procuraram a análise dos problemas emergentes do seu tempo com o fito de procurar e encontrar a “verdade absoluta”, sobrepondo a análise do carácter à comoção do sentimento.

Na década de 70, o prémio ‘O Ambiente na Literatura Infantil’, destinado a distinguir trabalhos relacionados com problemas do Ambiente e dirigido a crianças e jovens, veio destacar a temática e convocar autores como Sidónio Muralha, José Jorge Letria, Clara Pinto Correia, Carlos Correia, Maria Alberta Menéres e Natércia Rocha.

Recentemente, a preocupação ambiental conheceu uma atenção particular por parte dos autores, como Luísa Ducla Soares, Bernardo Carvalho, João Manuel Ribeiro, entre outros.

A literatura para a infância e a juventude proporciona um contacto com a ecologia ambiental mediado pela imaginação. Na atualidade, constata-se a existência de um número significativo de obras que tratam a questão ambiental de forma aprofundada, não escondendo os aspetos negativos e respetivas causas e consequências, e desafiando a uma visão crítica do mundo contemporâneo, problematizando práticas e valores, com o propósito de (ajudar a) criar indivíduos conscientes, informados e formados, em termos de ecoliteracia.

Literatura para a Infância e Juventude e Literacia Financeira

Literatura para a Infância e Juventude e Literacia Etnográfica

(Maria da Conceição Vicente)

Ler é um ato complexo que, além de pressupor a mobilização de saberes, competências, atitudes e vivências, exige um sujeito ativo – o leitor –, que se pretende tão desperto relativamente ao texto como à rede dos sistemas significantes que o envolvem e que ele implica. Torna-se, assim, imprescindível a “movimentação” do leitor nos meandros deste complicado labirinto, cabendo-lhe encontrar caminhos de saída, embora, para isso, sobretudo em contexto escolar, possa e deva ter apoio. Partindo deste pressuposto e tirando partido da especificidade do texto literário, do seu papel formativo incontornável e da função social que a Literatura pode assumir, pretende-se, com este seminário, a partir da apresentação de dois projetos, refletir sobre diferentes processos de estabelecer pontes entre Literatura e Literacia(s).

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MARIA DA CONCEIÇÃO VICENTE

Licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde fez também o Curso de Ciências Pedagógicas. Foi professora de Francês e de Português (2.º e 3.º ciclos); exerceu diversos cargos no âmbito da gestão escolar e da articulação curricular e esteve durante vários anos ligada à formação de professores, como orientadora de estágio. É autora de vários livros no âmbito dos materiais de apoio ao estudo de Português (2.º e 3.º ciclos), publicados pela Porto Editora, e também dos Cadernos de Educação Financeira (1.º, 2.º e 3.º ciclos), projeto da Direção Geral do Ensino (ME), no âmbito da Educação para a Cidadania. Como autora de literatura infantojuvenil, conta com catorze títulos publicados (cinco no PNL) e participação em sete antologias. Recebeu o Prémio Tabula Rasa – 1.º Festival Literário de Fátima, na categoria de Literatura Infantojuvenil, pelo seu livro Do querer ao ter há muita conta a fazer, ed. Trinta Por Uma Linha. Presentemente é colaboradora da revista A Casa do João.

13.11.2019

A LIJ na comunicação social

Seminário da UC Lugares e Gestos da Literatura Infantil e Juvenil

Neste encontro, pretendemos analisar o lugar da LIJ nos meios de comunicação social

A relação entre o texto literário e o texto informativo, nomeadamente o jornalístico, sempre foi e continuará a ser tensa e problemática, porque existe uma diferença substancial entre tipos de texto. Porém, houve tempos em que esta relação se pautou por uma salutar convivência. Nas décadas de 60, 70 e 80, era raro jornal que não tivesse um suplemento literário e/ou um suplente infantil.

Hoje, porém, a situação é muito distinta. Salvo algumas recensões no Público, da autoria de Rita Pimenta, a LIJ deixou de estar presente nos jornais, desapareceu da rádio e da televisão.

Neste quadro, a LIJ perdeu (o seu) lugar na comunicação social. Tal deve-se, a meu ver, com aquilo que Mário Vargas Llosa chama de Civilização do Espetáculo. A LIJ não cabe nos media que se tornaram espetáculo, jogo, e dependentes de estratégias comunicacionais não consentâneas com o espírito crítico que a literatura promove e desperta.

Tendo isto em conta, e reconhecendo o papel que os media podem ter na divulgação, promoção da educação literária, há dois projetos de comunicação que preenchem esta lacuna e, sobretudo, pretendem colocar a LIJ no seu justo e verdadeiro lugar, no panorama da literatura portuguesa (e não só): A Casa do João – Revista de Literatura Infantil e Juvenil (https://www.acasadojoao.info) e a (web) Rádio Tropelias & Companhia, a telefonia d’A Casa do João (https://radiotropeliasecompanhia.online ).

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JOÃO MANUEL RIBEIRO

Poeta, escritor editor e investigador

1968

Doutor em Ciências da Educação e Mestre em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores, pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Master em libros y literatura infantil y juvenil, pela Universitat Autònoma de Barcelona. Mestre e licenciado em Teologia, pela Universidade Católica do Porto. Foi docente do Ensino Superior no IPCA e na FPCE da Universidade de Coimbra. Sendo considerado como «um dos mais promissores autores de poesia para a infância», publicou mais de cinco dezenas de títulos de Literatura Infantojuvenil, repartidos entre a poesia e a narrativa. Tem livros publicados em Espanha (em galego e castelhano), na Colômbia, em Itália e na Eslovénia.

09.11.2019

A literatura é sempre contemporânea

Seminário de abertura da UC Lugares e Gestos da Literatura Infantil e Juvenil

A história já longa da Literatura para a Infância e Juventude escreve-se paredes-meias com a história da própria sociedade e civilização. Plenamente emancipada da sua função moralizante, faz-se também de gestos de rutura e antecipação que refletem a vitalidade do pensamento. Se a ousadia criativa de Maurice Sendak contribuiu para a renovação temática e estética do álbum, um século antes, Lewis Carroll inventaria um clássico cuja genialidade está em permanente leitura. Nas cinzas do pós-guerra, a alemã Jella Lepman lançou as bases do que haveria de ser a Biblioteca Internacional da Juventude, provando que até dos contextos mais adversos emergem atos que mobilizam o coletivo. Pretende-se, durante este seminário, identificar alguns «Lugares e Gestos» que configuram momentos importantes da evolução da Literatura para a Infância e Juventude e, por conseguinte, suscitar o debate sobre as tendências contemporâneas, numa altura em que o mundo se tornou imprevisível e radicalmente interessante.

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CARLA MAIA DE ALMEIDA

Jornalista, escritora, tradutora e formadora

Nasceu em Matosinhos, a 12 de janeiro de 1969

Licenciada e pós-graduada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, tem uma Pós-Graduação em Livro Infantil pela Universidade Católica Portuguesa.

Dedicou-se ao jornalismo de imprensa a partir de 1992, tornando-se colaboradora permanente da Notícias Magazine, entre outras publicações de referência. É autora da reportagem Em Nome da Filha – Retratos de Violência na Intimidade, editada em livro pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

A par da atividade jornalística, publicou até agora treze livros infantojuvenis, o primeiro dos quais na Caminho, em 2005. A novela Irmão Lobo foi selecionada para o catálogo White Ravens, nomeada para o Prémio Autores SPA e contemplada com o Prémio Fundación Cuatrogatos.

Em outubro de 2010 beneficiou de uma residência no estrangeiro com o apoio da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, entidade que também lhe atribuiu uma bolsa de criação literária em 2017.

Tem obra editada na Espanha, Alemanha, Sérvia, Holanda, Itália, Brasil, México, Colômbia, Argentina, Chile e outros países da América Latina.

Traduziu mais de quarenta títulos dos melhores escritores de literatura infantojuvenil, área em que se especializou.

Atualmente vive em Ílhavo, no distrito de Aveiro.

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